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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram uma ferramenta de inteligência artificial (IA) promissora para o diagnóstico de doenças como diabetes tipo 1, HIV, Covid-19 e lúpus. A tecnologia analisa genes presentes em amostras de sangue e é capaz de diferenciar enfermidades que apresentam sintomas semelhantes, oferecendo um potencial novo caminho para diagnósticos mais precisos e rápidos.
A ferramenta foi desenvolvida com base em seis modelos de machine learning, que foram programados para reconhecer padrões genéticos associados às doenças investigadas. Durante os testes, cerca de 600 pessoas participaram do estudo, e a IA conseguiu identificar com sucesso quais participantes estavam saudáveis e quais tinham uma das condições mencionadas. Além disso, o sistema também detectou quem havia recebido recentemente a vacina contra a gripe.
Apesar dos resultados animadores, a tecnologia ainda não está pronta para uso clínico. De acordo com Maxim Zaslavsky, coautor da pesquisa e cientista da computação em Stanford, a ferramenta precisa ser refinada para que, no futuro, possa auxiliar médicos no diagnóstico de condições que atualmente não possuem testes definitivos. “Ela pode ajudar a lidar com desafios que ainda não têm solução na medicina diagnóstica”, afirmou Zaslavsky.
O segredo por trás da ferramenta está na capacidade de analisar o sistema imunológico humano. As células B e T, que fazem parte desse sistema, guardam um “histórico” de doenças passadas e atuais. As células B produzem anticorpos que combatem vírus e outras ameaças, enquanto as células T ajudam a regular a resposta imunológica e podem destruir células infectadas.
Quando uma pessoa contrai uma infecção ou desenvolve uma doença autoimune, o número de células B e T aumenta, e elas passam a produzir receptores específicos em sua superfície. Ao sequenciar os genes responsáveis por esses receptores, os cientistas podem obter informações detalhadas sobre o histórico de saúde do indivíduo. A ferramenta de IA utiliza esses dados para identificar padrões associados a diferentes doenças.
“As ferramentas de diagnóstico atuais fazem pouco uso do registro da exposição do sistema imunológico a doenças”, explicou Zaslavsky à revista Nature. “Ao combinar as informações das células B e T, obtemos um panorama mais amplo da atividade imunológica, o que nos permite entender melhor o que está ocorrendo no organismo.”
Apesar de ainda estar em fase experimental, a ferramenta de IA abre portas para um futuro em que diagnósticos complexos possam ser realizados de forma mais ágil e menos invasiva. Os pesquisadores destacam que, com mais refinamentos, a tecnologia poderá ser aplicada em larga escala, beneficiando tanto pacientes quanto profissionais da saúde.
Enquanto isso, a equipe de Stanford continua trabalhando para aprimorar a precisão do sistema e expandir sua capacidade de identificar outras condições médicas. O objetivo é que, em breve, a IA se torne uma aliada indispensável no combate a doenças que ainda desafiam a medicina moderna.
Escrito por Rádio Terra
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