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SUS substituirá Papanicolau por exame mais moderno e eficaz no combate ao câncer do colo do útero

today16 de abril de 2025 6

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O tradicional exame Papanicolau será gradualmente substituído por um novo teste mais preciso para detecção do HPV na rede pública de saúde. A mudança foi anunciada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) como parte das novas diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo exame, chamado teste de DNA-HPV, será ofertado para mulheres de 25 a 49 anos, mesma faixa etária recomendada atualmente, desde que não apresentem sintomas ou suspeitas clínicas. A principal inovação está na frequência dos exames: se não houver diagnóstico positivo, o intervalo entre as coletas será ampliado para cinco anos, garantindo segurança e comodidade às pacientes.

Segundo o pesquisador do Inca, Itamar Bento, o teste possui um alto valor preditivo negativo. “Ou seja, se o resultado der negativo, há grande segurança em esperar até cinco anos para repetir o exame, considerando o tempo de evolução das lesões causadas pelo HPV”, explicou.

A substituição será feita de forma gradual e estará integrada a um novo modelo de rastreio organizado, no qual o SUS vai ativamente buscar as pacientes para realizarem o exame, ao invés de esperar que procurem espontaneamente o serviço de saúde.

Inovações nas diretrizes

Além do teste de DNA-HPV, as novas diretrizes incluem duas importantes inovações:

  • A possibilidade de auto coleta do material, especialmente útil para populações de difícil acesso ou que apresentam resistência ao exame convencional.

  • Protocolos específicos para atendimento de pessoas transgênero, não binárias e intersexuais, promovendo maior inclusão e equidade no cuidado.

HPV e o câncer do colo do útero

O HPV é responsável por mais de 99% dos casos de câncer do colo do útero, terceiro tipo mais comum entre mulheres no Brasil, com cerca de 17 mil novos casos por ano. A expectativa de especialistas é que, com medidas eficazes de prevenção e rastreio, seja possível erradicar a doença em até 20 anos.

A proposta já foi aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e pela Comissão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Agora, aguarda apenas a avaliação final do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.

*Com informações do portal A Gazeta

Escrito por Rádio Terra

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