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Os produtores de soja dos Estados Unidos criticam as políticas comerciais do ex-presidente Donald Trump e alertam que o Brasil poderá sair como o grande beneficiado de uma nova guerra tarifária entre Washington e Pequim. Diante da crescente tensão comercial, o governo brasileiro se movimenta para estabelecer um canal de diálogo com a Casa Branca e evitar ser alvo de medidas protecionistas.
Nesta terça-feira (5), o vice-presidente Geraldo Alckmin terá uma reunião virtual com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O encontro ocorre após Trump citar nominalmente o Brasil em seu discurso no Congresso, classificando as tarifas brasileiras como “injustas” para os produtos norte-americanos. A menção gerou preocupação em Brasília, que teme a imposição de novas tarifas sobre bens exportados ao mercado estadunidense.
O governo brasileiro argumenta que os EUA têm acumulado um superávit comercial de US$ 200 bilhões na relação com o Brasil nos últimos dez anos. Além disso, ressalta que a tarifa média aplicada aos bens americanos é de apenas 2,7%, com diversos produtos entrando no mercado nacional sem qualquer taxação. No entanto, Washington deve contestar a taxa de 18% cobrada sobre o etanol, possivelmente justificando medidas protecionistas.
Enquanto os governos buscam um entendimento, a Casa Branca enfrenta forte pressão do setor agrícola americano. Os produtores de soja estão particularmente preocupados com o impacto das tarifas sobre sua competitividade no mercado chinês.
Desde a madrugada de 4 de março, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá, além de uma taxa adicional de 10% sobre importações chinesas. Em resposta, o Canadá anunciou tarifas retaliatórias de 25% sobre US$ 100 bilhões em produtos americanos, enquanto o México promete sanções semelhantes. A China também reagiu rapidamente, aplicando tarifas de 10% sobre a soja dos EUA, afetando um dos poucos setores com superávit comercial americano.
Os produtores de soja dos EUA temem que suas vendas para a China sejam substituídas pelos produtos brasileiros. A Associação Americana de Soja, uma das principais entidades do setor, reforçou sua posição contrária ao uso de tarifas como ferramenta de negociação e alertou para os impactos negativos sobre a economia rural americana.
Os temores dos produtores americanos não são infundados. Apenas em 2024, a China importou quase 69 milhões de toneladas de soja brasileira, pagando US$ 30 bilhões pelo produto. Durante a visita oficial do presidente Xi Jinping ao Brasil, seis dos 37 acordos firmados com o governo brasileiro estavam diretamente ligados ao Ministério da Agricultura, abrindo ainda mais o mercado chinês para produtos nacionais. As projeções indicam que uma nova guerra comercial pode aumentar as exportações brasileiras de soja e milho em até 8,9 milhões de toneladas por ano.
Na última guerra comercial entre EUA e China, durante o primeiro governo Trump, as vendas americanas para o mercado chinês despencaram US$ 27 bilhões. Desde então, Pequim tem se preparado para um eventual retorno do republicano ao poder, investindo no fortalecimento da relação com o Brasil.
Em 2023, as exportações agrícolas brasileiras para a China atingiram um recorde de US$ 60,24 bilhões, representando 36,2% do comércio agrícola nacional. Os produtores americanos, por sua vez, ainda não recuperaram totalmente os volumes de vendas perdidos em 2018, e uma nova disputa pode agravar ainda mais a situação econômica do setor.
O impacto financeiro para os agricultores dos EUA já é evidente. Os preços das commodities caíram quase 50% nos últimos três anos, enquanto os custos de produção continuam elevados. Além disso, as retaliações do México e do Canadá preocupam o setor, que depende do comércio bilateral para a exportação de soja e a importação de insumos essenciais, como fertilizantes e pesticidas.
Apesar das críticas, Trump mantém forte apoio entre os produtores rurais, tendo conquistado cerca de 77% dos votos nos condados mais dependentes da agricultura na última eleição. No entanto, o descontentamento com as políticas comerciais pode se tornar um fator determinante nas próximas eleições.
Diante desse cenário, o Brasil segue atento às movimentações no tabuleiro comercial global. Caso as disputas tarifárias se intensifiquem, o agronegócio brasileiro poderá consolidar sua posição como o maior fornecedor agrícola da China, enquanto os produtores americanos enfrentam desafios cada vez maiores.
Escrito por Rádio Terra
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