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Base aliada de Mabel domina Câmara, mas vereadores prometem fiscalização

today4 de fevereiro de 2025 7

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A Câmara Municipal de Goiânia retoma nesta terça-feira (4/2) os trabalhos legislativos sob a nova gestão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil). A sessão marca o início da nova legislatura, com a mesa diretora novamente presidida pelo vereador Romário Policarpo (PRD), reeleito para seu quarto mandato à frente da Casa.

Com uma base governista robusta, composta por 28 dos 35 vereadores, o líder do governo na Câmara, Igor Franco (MDB), aposta em um relacionamento harmônico e produtivo entre os poderes Executivo e Legislativo. “Agora nós temos em Goiânia um grande gestor. Nossa base hoje conta com 28 parlamentares definidos. Não acredito em uma oposição barulhenta de forma alguma. Mabel terá total governabilidade. O governo Rogério deu errado, o governo Mabel já deu muito certo”, afirmou Franco em entrevista ao portal Mais Goiás.

Entre as primeiras iniciativas da nova gestão, destacam-se a ampliação de vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e a substituição da iluminação pública por tecnologia LED. “Você vai ver outra gestão. É um governo agora que entrega resultados”, concluiu Franco.

Postura independente e fiscalização rigorosa

Apesar da ampla maioria governista, a vereadora Aava Santiago (PSDB) reafirma seu compromisso com a fiscalização independente. Segundo ela, o apoio às propostas do Executivo será condicionado aos reais benefícios que possam trazer para a população de Goiânia. “Não gosto de imaginar que minha autonomia de fiscalização pode ficar fragilizada porque tenho cargos no Paço ou sou contabilizada como base. Prefiro manter um perfil independente”, destacou.

Aava também ressaltou a importância de uma política educacional criteriosa, enfatizando que a expansão das vagas em CMEIs deve respeitar diretrizes pedagógicas. “Educação infantil tem método e esse método precisa ser respeitado.”, completou.

Especialistas preveem possíveis embates futuros

Para o professor de Ciências Políticas Guilherme Carvalho, a relação entre Executivo e Legislativo deve começar de forma harmoniosa, com aprovação acelerada de projetos. No entanto, ele alerta para possíveis tensões nos próximos meses, à medida que disputas por cargos e alianças para as eleições de 2026 se intensifiquem. “A priori, eles vão começar de forma harmônica. Mas, quando os choques sobre cargos e alianças para 2026 surgirem, veremos a composição real da base e da oposição”, analisou.

O especialista ressalta que, embora Sandro Mabel tenha mais legitimidade política que seu antecessor, Rogério Cruz, isso não garante controle absoluto sobre o Legislativo. “No governo anterior, o parlamento tomou o poder de fato. Mabel tem mais legitimidade política, mas não significa que vai enquadrar a Câmara. O legislativo também tem sua própria agenda”, pontuou.

O estrategista político Marcos Marinho também acredita que, apesar do início positivo, as relações entre Executivo e Legislativo podem se desgastar com o tempo, especialmente por conta das aspirações eleitorais de alguns vereadores. “O Executivo precisa negociar para não sucumbir. Quanto mais fraco o governo, mais o Legislativo tende a usurpar. O problema é que muitos vereadores estão de olho em 2026, e esse fator pode mudar a dinâmica de alianças”, explicou.

Marinho ainda destacou que a presença de Romário Policarpo na presidência da Câmara pelo quarto mandato consecutivo pode representar um desafio adicional para a articulação governista. “Igor Franco e Romário Policarpo tiveram embates no passado. Isso pode dificultar o trânsito da articulação governista na Câmara.”, concluiu.

Fonte; Mais Goiás

Escrito por Rádio Terra

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