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China impõe tarifa de 84% sobre produtos dos EUA em retaliação às medidas de Trump

today9 de abril de 2025 6

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Pequim, 9 de abril de 2025 – A tensão comercial entre China e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (9). O governo chinês anunciou a imposição de uma tarifa de 84% sobre uma série de produtos norte-americanos, em resposta direta às medidas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump, que, durante sua gestão, elevou as tarifas sobre produtos chineses — algumas chegando a 104%.

A nova alíquota chinesa, que entra em vigor já nesta quinta-feira (10), representa um aumento expressivo em relação aos 34% cobrados anteriormente. O anúncio foi feito pelo Ministério das Finanças da China e aprovado pelo Conselho de Estado, órgão de mais alta autoridade administrativa do país.

De acordo com comunicado oficial, a decisão é uma retaliação às políticas “excessivas e unilaterais” adotadas por Washington. O Comitê de Tarifas do Conselho de Estado declarou que os Estados Unidos estão cometendo “um erro sobre outro erro”, ao adotar medidas que, segundo Pequim, ferem os princípios do comércio internacional e os direitos legítimos da China ao desenvolvimento.

“A soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China não devem ser violados”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Ele classificou as tarifas norte-americanas como uma forma de “pressão máxima” e criticou o que chamou de “comportamento dominador e intimidador” dos EUA.

As tarifas impostas pelos Estados Unidos passaram a valer nesta quarta-feira e fazem parte de uma série de medidas acumuladas desde 2022. Em fevereiro deste ano, por exemplo, Washington dobrou uma tarifa de 10%, elevando-a para 20%, o que aumentou ainda mais a tensão entre os dois países.

Com o novo ajuste, Pequim sinaliza que está disposta a enfrentar uma guerra comercial prolongada caso os EUA insistam em manter sua postura. “Se os Estados Unidos não recuarem, a China lutará até o fim”, afirmou Lin.

Impactos globais

Nos bastidores, o anúncio reacende temores no mercado internacional. Analistas temem que a nova rodada de tarifas desencadeie uma série de sanções e restrições que podem afetar cadeias de suprimento globais e pressionar ainda mais uma economia mundial já fragilizada.

O governo chinês afirma que a decisão foi tomada dentro da legalidade internacional, amparada pelas leis de comércio exterior do país. No entanto, especialistas apontam que o embate tarifário entre as duas potências tende a se intensificar nos próximos meses, especialmente em um ano de campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Enquanto isso, empresas e consumidores dos dois lados do Pacífico se preparam para os impactos que as tarifas adicionais devem provocar no custo dos produtos e no ritmo da recuperação econômica global.

Escrito por Rádio Terra

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