A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) não submete dados de sua folha de pagamento ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) desde 2019, conforme informou o órgão ao portal Mais Goiás . Além disso, desde 2008, a empresa estatal não encaminha editais de seleção pública para análise.
Segundo o TCM, a Comurg está sob fiscalização, mas o Governo destaca a ausência de informações fundamentais para o controle de supersalários e outras questões relacionadas à gestão de pessoal. Em nota, o Tribunal afirmou que sua Secretaria de Controle Externo de Atos de Pessoal planeja propor a inclusão da Comurg no Plano Anual de Fiscalização de 2025. Caso isso ocorra, a empresa será fiscalizada na condição de estatal dependente, o que permitirá ao TCM apreciar suas contas de maneira mais aprofundada.
Histórico de irregularidades
As irregularidades na Comurg têm sido alvo de investigações desde 2017, quando o Tribunal acordou problemas como supersalários e gratificações indevidas. O caso motivou a abertura de um inquérito pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que foi ampliado em 2023.
A situação ganhou destaque no início deste ano, quando o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), revelou que um auxiliar de limpeza da companhia recebia um salário de R$ 44 mil.
Uma portaria recente do MPGO, obtida pelo Mais Goiás , aponta diversas irregularidades na gestão da Comurg, incluindo:
- Nomeações irregulares de servidores comissionados;
- Falta de controle sobre a folha de pagamento;
- Desvios de função;
- Excesso de cargas comissionadas, ou que contribuam para problemas no serviço prestado;
- Má gestão do capital social da empresa;
- Dívida trabalhista elevada.
Resposta da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que a lista de cargas e rotações da Comurg está passando por auditorias internas. A administração municipal afirmou que os dados só serão divulgados após a conclusão dessa etapa.
O caso levanta questionamentos sobre a transparência e a gestão do Estado, reforçando a importância de fiscalização rigorosa para garantir o uso adequado dos recursos públicos.
FONTE; MAIS GOIÁS
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