Goiânia realiza mais de 23 mil podas de árvores em 2025 para prevenir danos

Nos primeiros 45 dias de 2025, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) realizou 23.460 podas preventivas de árvores na capital. A iniciativa tem como objetivo minimizar riscos e danos causados por chuvas e ventos fortes durante o período chuvoso. Os dados foram divulgados pela Comurg ao portal Mais Goiás nesta quarta-feira (5).

A ação faz parte do trabalho do Gabinete de Crise, criado pela Prefeitura de Goiânia no início da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), em 15 de janeiro. O grupo é formado por representantes da Guarda Civil Metropolitana, Secretaria de Engenharia de Trânsito, Secretaria de Saúde, Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, Defesa Civil e Comurg.

Monitoramento constante de árvores

A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) monitora continuamente árvores que interferem na rede elétrica, danificam calçadas ou apresentam risco de queda devido a pragas. O Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) indica que Goiânia possui aproximadamente 950 mil árvores, das quais 47 mil necessitam de acompanhamento. Essas árvores pertencem a 382 espécies diferentes, sendo as mais comuns a monguba (19%) e a sibipiruna (17%). Espécies como figueiras, flamboyants e mangueiras não são recomendadas para vias públicas devido ao porte e ao impacto na infraestrutura urbana.

Aceleração no processo de remoção

Com as chuvas e ventos intensos registrados nas últimas semanas, a Prefeitura tem priorizado a segurança da população. Para agilizar o manejo arbóreo, a Comurg passou a autorizar a remoção de árvores comprometidas de forma imediata, com base em parecer técnico da Amma, reduzindo entraves burocráticos.

“Uma vez constatada a necessidade de poda ou remoção, a autorização é imediata, mediante preenchimento de um parecer elaborado pela Amma, seguido da elaboração de um relatório técnico”, explicou o gerente de Arborização e Mudanças Climáticas da Amma, Gabriel Tenaglia.

Impacto das mudanças climáticas

As condições climáticas extremas têm sido um desafio para Goiânia. Especialistas alertam que chuvas acima de 70 milímetros são consideradas fortes e que tempestades podem ocorrer quando acompanhadas de ventos superiores a 100 km/h, como os registrados na capital na última semana. O monitoramento contínuo e a atuação rápida dos órgãos municipais são essenciais para reduzir riscos e garantir a segurança da população.