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Padre Marcelo Rossi foi investigado pelo Vaticano por quase uma década e quase teve suas funções suspensas

today26 de maio de 2025 33

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Durante quase dez anos, o padre Marcelo Rossi esteve sob investigação da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável por zelar pela integridade da doutrina católica. A apuração foi iniciada após uma denúncia de um religioso brasileiro, que acusava o sacerdote de práticas consideradas incompatíveis com os preceitos tradicionais da Igreja.

Entre as acusações, estavam o culto ao personalismo, o uso excessivo da mídia e a transformação de celebrações religiosas em verdadeiros espetáculos. O estilo de evangelização adotado por padre Marcelo — que incluía missas com grandes públicos, presença frequente na televisão, além de lançamentos de CDs e livros — teria despertado preocupação na cúpula da Igreja.

Na época, a Congregação era comandada pelo então cardeal Joseph Ratzinger, que viria a se tornar o papa Bento 16. De acordo com fontes ligadas à Igreja, a possibilidade de suspensão das funções sacerdotais de padre Marcelo foi cogitada. Caso tivesse sido concretizada, a medida o impediria de celebrar missas e administrar sacramentos.

A investigação foi mantida em sigilo e nem mesmo a assessoria do padre ou do bispo dom Fernando Figueiredo, seu superior na Arquidiocese de Santo Amaro, em São Paulo, confirmaram conhecimento oficial sobre o processo.

Durante a visita do papa Bento 16 ao Brasil, em 2007, padre Marcelo tentou um encontro com o pontífice, mas não foi autorizado — decisão atribuída ao andamento das investigações.

Em 2009, no entanto, a Congregação para a Doutrina da Fé arquivou o caso e declarou padre Marcelo inocente de todas as acusações. Com isso, ele pôde continuar normalmente suas atividades religiosas e midiáticas, retomando sua trajetória como uma das figuras mais populares da Igreja Católica no Brasil.

O Vaticano, por meio de sua embaixada no Brasil, optou por não comentar o caso.

Escrito por Rádio Terra

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