Putin aceita cessar-fogo, mas impõe condições elogia papel do Brasil na mediação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (13) que aceita os termos do cessar-fogo propostos pelos Estados Unidos para o conflito com a Ucrânia. No entanto, ele destacou que a trégua deve garantir uma paz, firmeza e eliminar as causas que levaram à guerra.

Durante uma coletiva de imprensa no Kremlin, Putin expressou preocupação com a possibilidade de a Ucrânia utilizar o cessar-fogo para reorganizar suas forças militares. “Como serão resolvidos os problemas de verificação? Como teremos a garantia de que nada semelhante ocorrerá?”, questionou. “A ideia em si [do cessar-fogo] é correta e certamente apoiamos, mas há questões que precisamos discutir e analisar.”

O líder russo voltou a responsabilizar a Ucrânia pelo conflito e reiterou que a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste europeu foi um dos fatores que levaram à guerra. Segundo Putin, a possibilidade de adesão ucraniana à aliança militar representa uma ameaça à segurança da Rússia.

Além de abordar os desafios do cessar-fogo, Putin agradeceu ao Brasil e a outros países pelos esforços diplomáticos na tentativa de encontrar uma solução de importação para o conflito. O Kremlin tem buscado fortalecer laços com nações que adotam uma postura mais neutra na guerra, incluindo o Brasil, que tem defendido o diálogo como caminho para a paz.

Os próximos passos das negociações devem envolver discussões sobre garantias de segurança e mecanismos para a implementação do cessar-fogo. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos das conversas entre Rússia, Ucrânia e potências globais.

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