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Trump ameaça impor tarifa adicional de 50% à China e mercados globais entram em colapso

today7 de abril de 2025 5

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O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato à presidência, Donald Trump, voltou a elevar o tom contra a China nesta segunda-feira (7). Em publicação feita em sua rede social Truth Social, Trump afirmou que pretende impor uma nova tarifa de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não suspenda suas medidas retaliatórias contra os Estados Unidos.

“Além disso, todas as negociações com a China referentes às reuniões solicitadas por eles serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”, declarou o republicano, sem detalhar os produtos afetados pela medida.

De acordo com Trump, a nova tarifa poderá entrar em vigor já na próxima quarta-feira (9). A retaliação chinesa, por sua vez, está prevista para começar no dia seguinte, 10 de abril.

A retórica agressiva acirra ainda mais o clima de tensão entre as duas maiores economias do mundo e causou um forte abalo nos mercados globais. Nesta segunda-feira, as principais bolsas asiáticas registraram quedas expressivas. O índice Hang Seng, de Hong Kong, despencou 13,22%, a maior queda desde a crise financeira asiática em 1997. Na China continental, o CSI300 caiu 7,05%, enquanto o SSEC recuou 7,34%.

No Japão, a Bolsa de Tóquio precisou interromper as negociações por dez minutos após uma abertura em queda de 8,4%. Ao final do pregão, o índice Nikkei acumulou perda de 8,8%.

Os mercados ocidentais também reagiram com forte volatilidade, refletindo o temor de uma nova guerra comercial. Investidores observam com cautela o desenrolar das negociações entre Washington e seus parceiros comerciais. Segundo o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, mais de 50 países já manifestaram interesse em acordos bilaterais com os Estados Unidos. No entanto, ele alertou que, após “décadas de injustiças”, Trump estaria relutante em assinar tratados que não beneficiem fortemente os EUA.

A União Europeia, por sua vez, tentou conter os ânimos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs zerar tarifas de importação sobre bens industriais americanos, desde que os EUA adotem medida semelhante para os produtos europeus.

Apesar das declarações de Trump, fontes próximas às negociações disseram ao jornal Financial Times que não há, até o momento, discussões sérias em andamento entre Washington e Pequim.

A crise tarifária reacende temores de uma recessão global, cenário semelhante ao que marcou os anos anteriores ao início da pandemia. Resta saber se haverá recuo de alguma das partes ou se o mundo está, mais uma vez, à beira de uma guerra comercial.

Escrito por Rádio Terra

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