Marília Mendonça: relatório menciona “avaliação inadequada” de piloto durante pouso; entenda

Na segunda-feira (15), a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou o relatório das investigações sobre o acidente aéreo que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em Piedade de Caratinga, região do Vale do Rio Doce, no oeste de Minas Gerais, em 5 de novembro de 2021.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) produziu o relatório que não menciona erro humano, mas aponta uma avaliação inadequada do piloto durante o procedimento de pouso.

Segundo o Cenipa, a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que a esperada para uma aeronave de “Categoria de Performance B” em procedimentos de pouso sob VFR.

Em entrevista coletiva, o advogado da família de Marília Mendonça afirmou que o relatório não indica erro humano ou falha mecânica. O Cenipa apresentou as conclusões aos familiares das vítimas envolvidas e seus representantes legais na sede do órgão em Brasília.

O advogado ressaltou que o Cenipa recomendará a colocação de identificadores no cabo de alta tensão em que o avião bateu. As torres atingidas não estão no perímetro de segurança do aeródromo, e a sinalização visual não é obrigatória, segundo a polícia. Além de Marília, morreram seu produtor, seu tio e assessor, além do piloto e co-piloto do avião.

A cantora estava viajando para cumprir sua agenda de shows quando a aeronave caiu em um curso d’água próximo à rodovia BR-474.

O Cenipa pontuou que o objetivo dos trabalhos é prevenir acidentes, não estabelecer culpa ou responsabilização pelo ocorrido, mas indicar possíveis fatores contribuintes que permitem elucidar eventuais questões técnicas relacionadas ao acidente.